Observatório Mauna Loa avisa: nível de CO₂ na atmosfera alcançará novo recorde em 2024, com emissões aumentando anualmente, quebrando antigos registros desde 1957. Esforços fracassados reduzirem gases estufa, causando danos climáticos. Ritmo do aquecimento global acelera, com mudanças percebidas relacionadas a EL Niño. Global decrease in carbon emissions lags behind.
O Observatório Mauna Loa, no Havaí, detectou um alerta preocupante sobre o ritmo do aquecimento global. Os níveis de CO₂, na atmosfera, um gás responsável pelo aquecimento do planeta, não só estão prestes a alcançar uma nova marca este ano – eles estão se elevando de forma mais acelerada do que nunca, conforme os dados mais recentes de medição que já perduram por 66 anos.
Essas descobertas ressaltam a urgência de ações para reduzir as concentrações de CO₂ na atmosfera. É crucial que medidas sejam tomadas para conter o avanço do aquecimento global e preservar o equilíbrio do nosso planeta. A conscientização sobre a importância de reduzir as emissões de dióxido de carbono é fundamental para garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.
Níveis de CO₂ na atmosfera atingem novo recorde em 2024
As concentrações de CO₂ na atmosfera estão em constante aumento, com um ritmo acelerado que preocupa os cientistas. Recentemente, os níveis de dióxido de carbono foram 4,7 partes por milhão mais altos em março do que no ano anterior, marcando o maior salto anual já registrado no laboratório da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) em Mauna Loa, no topo de um vulcão na Grande Ilha do Havaí.
De janeiro a abril deste ano, as concentrações de CO₂ aumentaram em um ritmo sem precedentes, superando os registros dos primeiros quatro meses de qualquer outro ano. Observações que duram 66 anos mostram que as concentrações de CO₂ em Mauna Loa, em maio, continuam quebrando recordes anteriores, refletindo um salto anual alarmante.
O aumento acelerado do CO₂ na atmosfera é um sinal preocupante dos esforços falidos para reduzir as emissões globais de gases de efeito estufa e os danos ao clima da Terra. O cientista climático Arlyn Andrews, do Laboratório de Monitoramento Global da NOAA, alerta que o CO₂ está aumentando cada vez mais rápido, destacando a urgência de ações para conter esse crescimento.
O padrão climático El Niño, que se intensificou no ano passado, contribui significativamente para o pico nas concentrações de CO₂. No entanto, esse padrão apenas acentua a tendência já existente de aumento das emissões globais de carbono, mesmo com esforços para reduzir as emissões, como os dos EUA, e com o crescimento global desacelerando.
Ralph Keeling, diretor do Programa CO₂ da Instituição Scripps, ressalta que o aumento das emissões de CO₂ não é surpreendente, considerando o aumento no consumo de combustíveis fósseis. Os níveis de dióxido de carbono na atmosfera seguem um padrão sazonal, atingindo o pico entre abril e maio e diminuindo até agosto e setembro, em sincronia com o ciclo de crescimento das plantas do hemisfério norte.
À medida que o CO₂ é liberado na atmosfera, ele permanece lá por centenas de anos, contribuindo para o efeito estufa e o aquecimento global. A Curva de Keeling, que registra os níveis de CO₂, continua a subir a cada maio, formando um novo pico a cada ano. A atual leitura de 427 partes por milhão representa um aumento de mais de 50% em relação aos níveis anteriores, evidenciando a urgência de ações para conter o crescimento das concentrações de CO₂.
Fonte: @Olhar Digital
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