O vice-presidente de Segurança Global da empresa, Chris Rackow, enviou uma nota dizendo que haverá demissões devido a um contrato suspeito de 1,2 bilhão.
O caso envolvendo a demissão de 28 funcionários do Google, que protestaram contra o projeto Nimbus, continua gerando discussões acaloradas. A decisão da UCompanhia de desligar os colaboradores que se manifestaram contra o acordo com o governo de Israel abriu um intenso debate sobre liberdade de expressão no ambiente de trabalho.
Os desdobramentos desse episódio destacam a importância da transparência e do diálogo nas relações entre os colaboradores e a Google. A Companhia enfrenta agora o desafio de manter um clima organizacional saudável e de promover um ambiente onde o questionamento e as diferentes opiniões sejam valorizados. A Google certamente terá que refletir sobre as repercussões éticas e sociais de suas parcerias em meio a esse impasse.
Funcionários do Google criticam publicamente contrato entre empresa e governo israelense
O desligamento dos empregados foi anunciado por Chris Rackow, vice-presidente de Segurança Global do Google, em um e-mail enviado aos colaboradores da companhia, conforme informou o The Wall Street Journal. Em relação aos protestos, membros do Google ligados à campanha No Tech for Apartheid expressaram que a ação foi um ‘ato flagrante de retaliação’. A nota diz que alguns dos empregados demitidos não participaram do protesto realizado na terça-feira (16) em Nova York e Sunnyvale, nos Estados Unidos. Durante o protesto, cujo objetivo era cancelar o contrato vigente, nove trabalhadores foram presos em Sunnyvale, como relatado pela Reuters.
A reação do Google ao incidente foi enfática, afirmando que impedir fisicamente o trabalho de colaboradores e barrar seu acesso às instalações da empresa viola suas políticas e é um comportamento inaceitável. A tensão em torno do contrato entre a empresa e o governo israelense tem crescido, especialmente diante do aumento dos conflitos entre o governo israelense e o grupo Hamas.
Os colaboradores da Google têm se manifestado contra o contrato desde 2021, porém, o cenário se agravou com a escalada do conflito na região. O contrato em questão, conhecido como projeto Nimbus, fornece serviços de nuvem para o governo israelense, potencialmente apoiando o desenvolvimento de ferramentas militares. Vale ressaltar que a Amazon também participa desse acordo.
O projeto Nimbus contempla serviços de inteligência artificial, incluindo detecção facial, categorização automatizada de imagens, rastreamento de objetos e análise de sentimentos. O Google defende que o contrato não envolve cargas de trabalho altamente sigilosas, militares ou relacionadas a armamentos ou inteligência.
Hasan Ibraheem, engenheiro de software do Google que participou do protesto em Nova York, destacou que ao fornecer serviços de nuvem e IA para os militares israelenses, a empresa está diretamente envolvida nos conflitos da região. A controvérsia em torno do contrato entre o Google e o governo israelense permanece como um tema importante de discussão entre os empregados da companhia e a opinião pública em geral.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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